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Noticias Locais
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29 de Janeiro de 2013 - 11:31

Por Tribuna

Um acidente ocorrido por volta de 6h nesta terça-feira (29) interdita parte da Avenida Brasil, próximo ao número 7.125, depois do Terminal Rodoviário Miguel Mansur. Um ônibus da Viação São Francisco que faz a linha 722 bateu em um poste e acabou descendo o barranco em direção ao Rio Paraibuna. A parte da frente do coletivo ficou submersa. Segundo a Polícia Militar, os dez passageiros que estariam no interior do veículo no momento do acidente conseguiram sair pelas janelas de emergência. Um soldado de 19 anos e um sargento de 44, ambos do Exército, tiveram escoriações leves e foram atendidos no local pelos bombeiros.

Funcionários da Cemig foram acionados para fazer a substituição do poste. Com o acidente, uma faixa da pista ficou interditada. Por volta das 10h30, três guinchos começaram o trabalho de retirada do ônibus do rio. No momento, duas das três faixas da avenida estão obstruídas para realização do serviço, e a Settra ajuda na orientação do tráfego. Conforme a PM, o congestionamento chega a quatro quilômetros, até as proximidades do Bairro Manoel Honório. Os motoristas que optaram por fazer o trajeto pelo Bairro Fábrica também encontram retenção no trânsito.

09 de Janeiro de 2013 - 11:05

Crime aconteceu na manhã desta quarta-feira (9), no Bairro Retiro, região Sudeste da cidade.

 Uma mulher de 28 anos foi assassinada pelo marido dentro de casa, na frente da filha de 5 anos. Segundo a PM, os policiais teriam encontrado o suspeito na sacada da casa ingerindo formicida. O crime aconteceu por volta das 7h30 desta quarta-feira (9), no Bairro Retiro, região Sudeste da cidade. De acordo com a Polícia Militar, Ingrid Duarte Assis foi encontrada já sem vida no chão da cozinha com cinco facadas, sendo três no abdome, uma no pescoço e outra no pulso direito. O corpo da auxiliar de serviço gerais foi levado para o Instituto Médico Legal, onde passará por necropsia. Já o marido foi encaminhado para o HPS, onde permanece internado sob escolta. No hospital, ele foi medicado para impedir que a ingestão de formicida causasse dano maior. A filha do casal está com parentes. A perícia esteve no local e realizou os levantamentos de praxe. A Polícia Civil irá investigar o caso.

09 de Janeiro de 2013 - 15:11

Por Sandra Zanella

 
 

 
Os materiais estavam na casa de um lavador de carros

Sessenta e uma munições, de calibres 380, 38 e 9mm, e meio quilo de cocaína foram apreendidos durante ação da 6ª Delegacia de Polícia Civil, na manhã desta quarta-feira (9), na Vila Olavo Costa, Zona Sudeste. Os materiais estavam na casa de um lavador de carros, 20 anos, na Rua Filonilia Carlota de Jesus. Os policiais abordaram o suspeito na porta da residência, após denúncia anônima. Também foram apreendidos R$ 600 e três celulares. A manobra aconteceu na região conhecida como "Paredão", onde já foram registradas diversas ocorrências de tráfico.

De acordo com o inspetor Rogério Marinho, a suspeita é de que o jovem estava sendo usado como "guarda-roupas" por traficantes, para armazenar os produtos ilícitos em sua casa. "Ele não tem passagem e não era conhecido por envolvimento no tráfico. Mas disse que não recebia dinheiro para guardar a droga e as munições." Conforme Rogério, o suspeito alegou ter pego dois embrulhos jogados no quintal dele, há cerca de 15 dias, e guardado no armário sem verificar o conteúdo. "Queremos saber se ele estava sendo ameaçado, se recebia dinheiro ou se fazia isso para ter aceitação."

Ainda segundo o policial, o rapaz morava com a mãe, que ficou surpresa ao saber o motivo de o filho ter sido preso. O jovem foi levado para a 6ª Delegacia de Polícia Civil, no Bairro de Lourdes. Ele foi autuado por tráfico e posse ilegal de munições, sendo encaminhado ao Ceresp.

Essa foi a segunda grande apreensão na Olavo Costa em dois dias consecutivos. Na noite de terça-feira, a Polícia Militar apreendeu 2.653 papelotes de cocaína em uma casa na Rua Jacinto Marcelino. A moradora, 43, foi presa em flagrante e também seria usada como "guarda-roupa".

09 de Janeiro de 2013 - 11:05

Por Tribuna

Um posto de combustíveis no Bairro São Pedro, na Cidade Alta, foi assaltado por quatro bandidos na noite de terça-feira (8). Conforme o boletim de ocorrência da Polícia Militar, o bando teria chegado ao estabelecimento, localizado na Rua José Lourenço Kelmer, em duas bicicletas. Um dos suspeitos estaria armado e teria partido dele a ordem para que todo o dinheiro fosse entregue. Um frentista foi obrigado a abrir o caixa e, de lá, foram roubados R$ 380 em dinheiro. Uma outra funcionária acabou imobilizada e teve seu celular e R$ 20 roubados. Até um cliente que estava no local no momento da ação criminosa foi alvo dos assaltantes e também perdeu R$ 20. Em seguida, os suspeitos fugiram e não foram localizados pelos militares. Uma das bicicletas foi encontrada abandonada próxima a um matagal. A Polícia Civil irá investigar o caso.

14 de Dezembro de 2012 - 11:04

Por Tribuna 

Um adolescente de 14 anos está internado em estado grave após ter sido baleado na cabeça. A ocorrência foi registrada na tarde de quinta-feira (13), no Bairro São Geraldo, região Sul da cidade. Conforme informações da Polícia Militar, o ferimento teria sido provocado por um disparo acidental, efetuado por uma jovem de 19 anos. A suspeita contou que, durante a manhã, ela e a vítima estariam nos fundos de uma residência e, em meio a um matagal, teriam encontrado a arma. O revólver calibre 32 teria ficado guardado em sua casa até o período da tarde, quando a jovem afirma que o adolescente teria aparecido e pedido para vê-lo. Ao manejar o armamento para entregá-lo, a mulher afirma que ele acabou disparando acidentalmente e atingindo o garoto na cabeça. Os moradores do entorno ouviram o estampido, foram até o local e levaram o adolescente até o HPS. A jovem foi presa em flagrante e encaminhada para a Delegacia de Polícia Civil, em Santa Terezinha, juntamente da arma apreendida. De acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria de Saúde, o adolescente está na sala de urgência, entubado e o estado geral é grave.

 

14 de Dezembro de 2012 - 07:00

 

 

Por Tribuna

 

Um dos envolvidos no assalto a um posto de combustível no Salvaterra, quando um frentista, 33 anos, foi baleado pelas costas, se apresentou ontem à tarde na 1º Delegacia de Polícia Civil. Conforme o investigador Leonardo Soares Siqueira, o rapaz de 23 anos relatou ter sido chamado por um adolescente, 16, suposto autor do disparo, para participar da ação, sob a condição de apenas pilotar a motocicleta.

"As informações passadas por ele se confirmam nas imagens da câmera de segurança do posto. Ele e o garoto são vizinhos e moram no Bairro Bela Aurora, Zona Sul. Ele não possui antecedentes criminais, enquanto o adolescente tem envolvimento com outros delitos. No entanto, o jovem será indiciado por roubo e lesão corporal. Acredito que o delegado irá solicitar medida de acautelamento para o garoto", destacou o policial.

Segundo a PM, na noite de quarta-feira, a dupla entrou no posto e anunciou o roubo, levando a quantia de R$ 136. A vítima chegou a contar que o bandido armado perguntou se havia mais dinheiro. Diante da resposta negativa, ele disparou nas costas do frentista. Os dois homens fugiram na motocicleta.

 


 

14 de Dezembro de 2012 - 07:00

 

 

Por Sandra Zanella e Marcos Araújo

 

 
 

 

 

Polícia periciou casa onde uma das vítimas morou

 

A Delegacia de Orientação e Proteção à Família instaurou inquérito ontem para apurar a suspeita de maus-tratos às duas irmãs idosas, de 78 e 86 anos, supostamente cometidos pela cuidadora delas, de 53. A Promotoria da Saúde, Idoso e Deficientes abriu medida preliminar para intervir no caso, que também foi encaminhado à Secretaria Nacional de Direitos Humanos da Presidência da República pela Associação de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania de Juiz de Fora. As vítimas, que têm dificuldade para se locomover, moram em um apartamento na Rua Santa Rita, Centro, e, há poucos dias, estão internadas na Santa Casa. O delegado à frente do caso, Rodrigo Rolli, solicitou à família o prontuário médico das pacientes para exame de corpo de delito indireto a fim de identificar as possíveis lesões sofridas pelas vítimas e as condições físicas e mentais delas. Na tarde de ontem, peritos estiveram no apartamento e na casa que uma das idosas morava anteriormente, na Rua Rei Alberto, também no Centro. O objetivo da polícia, conforme Rolli, é coletar provas das condições precárias em que as irmãs viveriam, com poucos alimentos e sem higiene, e detectar possível furto de joias, que teriam desaparecido das residências, conforme denúncia da família. A cuidadora também é suspeita de efetuar, por mês, saques com cheques de R$ 10 mil e R$ 5 mil das contas das vítimas e de ficar com dinheiro de aluguéis recebidos por elas, no valor superior a R$ 10 mil mensais.

"A ocorrência me chamou a atenção. Instaurei inquérito para apurar maus-tratos e possível crime patrimonial", disse o delegado. Hoje ele deverá ouvir dois homens e uma mulher sobrinhos das vítimas para saber mais detalhes sobre o caso. Já na segunda-feira, Rolli pretende colher o depoimento de vizinhos das idosas, que teriam escutado gritos das moradoras e suspeitado dos maus-tratos. A cuidadora deverá ser intimada para prestar declarações no mesmo dia. Segundo o titular da delegacia, caso ela não compareça, poderá ter a prisão preventiva solicitada à Justiça. "Também vou ouvir o gerente do banco onde os cheques eram descontados para saber como era o procedimento e a frequência que ela ia na agência."

Na manhã de ontem, a advogada da família,Thereza Rampinelli, entregou ao delegado documentos que podem auxiliar a investigação. Segundo ela, a mulher estaria responsável por cuidar das idosas há cerca de dois anos, mas a suspeita é de que os crimes tenham sido cometidos nos últimos oito meses. "Ela fazia 'maquiagem'. Quando a família ia visitar, as irmãs estavam arrumadas." No apartamento da Santa Rita, conforme Thereza, havia frutas estragadas, remédios vencidos e poucos alimentos. "Elas estão com 20kg, 30kg a menos do que uma pessoa normal na idade delas. Isso é um crime bárbaro. Crianças e idosos são indefesos."

Ainda de acordo com a advogada, há suspeita de que a cuidadora tenha ficado com cartões bancários e talonários de cheques das vítimas, que não foram encontrados. Na segunda-feira, Thereza foi ao banco solicitar o bloqueio das contas de suas clientes e disse ter flagrado a mulher tentando descontar um cheque de R$ 10 mil de uma das idosas. "Ela saiu correndo", contou.

 


 

13 de Dezembro de 2012 - 20:42

 

 

Por Tribuna

 

O adolescente Yago Rodrigo de Moraes, 15 anos, morreu ontem no município de Santos Dumont após ser atingido por um raio. Segundo a Polícia Militar, ele voltava da Cachoeira Tico-Tico, no Bairro Córrego do Ouro, na companhia de cinco amigos, quando houve a descarga elétrica. A PM informou que o acidente ocorreu após uma forte chuva na cidade. Os colegas disseram que tentaram reanimar o menino, mas ele não resistiu e morreu no local.

 

Proposta do Sport causa indignação no meio esportivo

  Cronistas, dirigentes esportivos e internautasmostram perplexidade com a possibilidade de o Sport ficar sem estádio, de uma hora para outra

É forte a reação de jornalistas, dirigentes esportivos e comunidade esportiva em geral em relação àproposta de transformar o campo do Sport em quadras.

Durante toda a semana, o Toque de Bola ouviu opiniões e recebeu mensagens indignadas.

O jornalista – com passagem marcante pela imprensa esportiva local, ex-dirigente e apaixonado pelo futebol e pelas cores do Sport, professor da UFJF, Márcio Guerra, revelou que tem mobilizado o maior número de pessoas para que votem contra a decisão, na eleição deste domingo. Leia aqui a matéria com Márcio Guerra.

O jornalista Ronaldo Dutra Pereira, que atuou na Editoria de Esportes do Diário Mercantil e Diário da Tarde e posteriormente na Tribuna de Minas, não tem meias palavras. Para ele, a decisão só demonstra “incompetência” na gestão dos clubes da cidade.

O cronista esportivo e presidente da Liga de Futebol de Juiz de Fora, Ricardo Wagner, lembra que Sport, Tupi e Tupynambás nasceram do futebol, e que, se a decisão da atual diretoria alviverde for efetivamente concretizada, seria mais uma perda de espaço, entre tantas que já ocorreram na cidade, comprometendo o presente e o futuro de nosso futebol. Além de “agredir” o passado.

Nas redes sociais, a divulgação pelo Toque de Bola da maquete do espaço, hoje utilizado pelo campo, com quadras, também provocou comentários como: “Devolvam o nosso Sport”, de Adriano Barbosa, e “Só tenho uma palavra: indignação!”, de Mauro Dioli.

Acompanhe, em nossa rádio web, mais informações e depoimentos sobre a polêmica decisão da diretoria do Sport. Link da rádio web:  (que transmite ao vivo todas as partidas da UFJF em casa pela Superliga Masculina de Vôlei) http://toquedebola.esp.br/wp-content/themes/portal-toque/nas-ondas-do-toque.html

10 de Dezembro de 2012 - 14:47

Maciel do Carmo Souza, 19 anos, trabalhava em uma obra na Avenida Brasil, quando parede caiu. Outros dois trabalhadores ficaram feridos

Por Sandra Zanella

  Um dos três homens feridos na queda de uma parede no Bairro Jóquei Clube, Zona Norte, durante o temporal da tarde do último sábado (8) não resistiu aos ferimentos e morreu na noite do mesmo dia. Segundo a assessoria de comunicação da Secretaria de Saúde, o óbito de Maciel do Carmo Souza, 19 anos, foi constatado às 19h05. O corpo do jovem foi levado para necropsia no Instituto Médico Legal (IML). Outro rapaz, 23, foi medicado e teve alta ainda no sábado. Já o terceiro homem, 28, precisou ficar internado. As três vítimas trabalhavam em uma obra na Avenida Brasil, próximo ao Parque de Exposições, quando ocorreu o desastre. A suspeita é de que as rajadas de vento de 77km/h ocasionaram o desmoronamento da parede. O socorro aos feridos foi feito pelo Samu.

 

Na manhã desta segunda-feira (10), uma equipe da Defesa Civil foi averiguar outro desabamento parcial ocorrido durante a chuva de sábado no Bairro Jardim de Alá, Zona Sul. Parte da laje e uma parede do segundo andar de uma residência na Rua Elvira Gouvêa Gonelli caíram, atemorizando os moradores. O autônomo Euflávio Araújo de Andrade, 63 anos, contou que, por sorte, estava no primeiro andar com a esposa e a filha de 10 anos quando houve o desmoronamento. "Foi uma coisa terrível, um susto que nunca tive. Os vizinhos gritaram para a gente sair e deixamos a casa correndo abraçados embaixo daquela chuva." Segundo ele, o prejuízo é superior a R$ 20 mil. "Demorei um ano para construir dois quartos para os meus filhos no andar de cima. Já estava na fase de acabamento", lamentou.

O temporal também causou problemas em vias da Zona Sul. Na Rua Nair de Castro Cunha, no Bairro Cascatinha, o asfalto cedeu em vários pontos e, na manhã de hoje, havia água jorrando pelas frestas da pavimentação, conforme o relato de moradores. A suspeita é de que a rede de água foi danificada no local.

Lona em barranco
  O período chuvoso tem sido de tensão para os habitantes da Rua Doutor Sebastião de Andrade, no Bairro Eldorado, Zona Nordeste. Desde o início do mês passado, 13 famílias foram orientadas pela Defesa Civil a deixar suas casas por causa do risco de que um barranco desmorone sobre as residências. No morro situado atrás dos imóveis, foi constatada, na época, uma rachadura medindo entre 70 e 100 metros de extensão. Na manhã de hoje, uma equipe formada por integrantes da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros trabalharam na colocação de uma lona sobre a fenda, a fim de evitar infiltração de água no talude.
  De acordo com o militar do Corpo de Bombeiros que atuou na segurança do trabalho, sargento Luiz Gerrhim, o barranco tem cerca de 50m de altura, e a lona foi instalada para cobrir 8m de altura e 30m de extensão da encosta. "Usamos grampos de aço, bambus e arames para prender a lona e fazer a amarração. O objetivo é evitar que a água que desce pelo talude entre na trinca", explicou. Para facilitar o trabalho da equipe, funcionários do Demlurb fizeram uma roçada na parte alta do morro. A equipe partiu do Mirante do Eldorado e precisou utilizar cordas e mosquetões, além de outros equipamentos de segurança, para conseguir atuar no terreno íngreme. 
  Segundo o presidente da Associação dos Moradores do Eldorado, Valtencir Cristino dos Reis, a própria sede que fica na Sebastião de Andrade corre risco. "Há oito anos atrás a terra desceu e destruiu muita coisa. Fizemos uma reforma e construímos um muro de contenção nos fundos, que deve segurar nesse período chuvoso. Mas a lona com certeza dá mais segurança." Conforme ele, a maioria das famílias deixou suas casas. "Quem ficou, não dorme aqui quando chove. Nós também fomos orientados a não alugar o salão para aniversários até março. Só podemos fazer reuniões."

 
 

2 de Dezembro de 2012 - 07:00

Quase a metade das mortes violentas ocorridas em Juiz de Fora este ano - 38 de 85 homicídios - tem como vítimas jovens, a maioria negros e pobres

"Papai, te amo. Descanse em paz." A frase escrita de caneta na barriga de uma grávida de oito meses retrata um quadro da realidade de Juiz de Fora. A lente da câmera, no entanto, é incapaz de captar o que está por trás da imagem divulgada, em agosto deste ano, nas redes sociais. Trata-se de uma gestante de 16 anos homenageando o pai do bebê, um jovem de 20 morto com cinco tiros no Bairro São Judas Tadeu, Zona Norte, 60 dias antes de a foto ser postada no Facebook. Órfão da violência que tem dizimado a população jovem da cidade, o filho que veio ao mundo em setembro não é o único a fazer parte de um grupo cada vez maior de nascidos sem pai. Das 85 vítimas de mortes violentas na cidade entre janeiro e novembro deste ano, 38 têm menos de 25 anos de idade, sendo que a metade dos garotos atingidos foi encontrada com sinais de execução. A Região Norte é a mais afetada, com destaque para Monte Castelo, Esplanada e Jóquei, considerados lugares da cidade onde os jovens têm menos chance de viver.

Durante três meses, a Tribuna buscou os rostos por trás dos números, descortinando a dor de famílias cujos filhos morreram ou puxaram o gatilho. A série de matérias que se inicia hoje pretende mostrar como esse cenário foi sendo desenhado nos últimos dez anos e por que as áreas mais afetadas são também as que menos têm a oferecer em relação à educação, ao lazer e à cultura. As reportagens, que deram voz às comunidades e ouviram ainda especialistas de todo o país, constatam que a questão racial não é contemplada nas políticas públicas de enfrentamento dos fatores de risco da violência letal no Brasil, apesar de as vítimas terem perfil claramente identificado: adolescentes negros, de classe média baixa e do sexo masculino. A chance de um jovem negro ser assassinado é três vezes maior do que a de um branco. Mas nem sempre este registro consta na ocorrência policial. Em Juiz de Fora, de 17 rapazes mortos que tiveram a cor apontada no boletim, nove são negros, seis, brancos e dois, pardos. Mapa da Violência 2012 confirma que a taxa de homicídios de pessoas negras no Brasil é maior do que de países em situação de conflito armado. "O genocídio no Brasil é social, racial, direcional. Quem morre tem cor", afirma o consultor em direitos humanos e advogado Renato Roseno.

Armas

Outra questão fundamental é a falta de controle das armas e a facilidade com que meninos têm acesso a elas. Revólveres e pistolas são responsáveis por 57 dos 85 óbitos ocorridos no município. Quando a apuração da série foi iniciada, em setembro, havia 54 vítimas. De lá para cá, outros 30 crimes violentos foram cometidos. Aliás, o ano de 2012 é recordista de casos. Até agora, são 32 mortos a mais que no ano passado. O silêncio das autoridades e da sociedade, no entanto, tem conseguido abafar o estampido dos tiros. Até quando?

 

Mãe ainda paga prestação de tênis de filho morto

Moradora do Monte Castelo, a doméstica Maristela Aparecida Estêvão, 47 anos, é a imagem da dor que tem atingido essas famílias. O filho dela, Jefferson Luiz da Silva Fernandes, de apenas 14 anos, foi morto a tiros, em agosto, após uma briga durante uma festa popular realizada no bairro. Cinco horas antes, ele estava em casa, conversando com ela sobre o evento. Empolgado, procurou no armário a melhor roupa. Deixou a residência de apenas dois cômodos calçando o par de tênis de R$ 343 que a mãe havia acabado de comprar em seis prestações. Apesar de o calçado custar a metade do salário dela, a mulher analfabeta, que anda de chinelos de dedo, sempre fez questão de atender aos pedidos do garoto, ávido por consumir vestuário de marca. "Queria que ele ficasse arrumadinho. Dava as coisas para ele, para que não mexesse nas dos outros. Nunca deixei faltar nada: roupa, iogurte, biscoito, fruta, chocolate", revela.

No imóvel precário de apenas uma janela, localizado na ocupação da Rua Expedicionário Antônio Novaes, Maristela mostra, ainda, o diploma de Jefferson, que, durante seis anos, foi aluno do projeto social "Bom de bola, bom de escola". Ao deixar o programa, ganhou a rua. Ultimamente, nem a escola conseguia atraí-lo. A mãe, que trabalha em dois empregos, não tinha tempo de andar atrás dele. No dia da festa, ela pensou em acompanhar Jefferson, mas estava tão cansada que adormeceu. Acordou, de madrugada, com um chamado. "Corre, dona Estela. O Jefinho foi baleado", disse um colega do filho. Ao chegar no local dos tiros, viu uma poça de sangue, mas ele não estava lá. Levada para o HPS, ouviu, na portaria, que o adolescente estava bem. Mas a sensação de alívio durou pouco, já que o sobrevivente não era o seu menino. Ao ouvir a confirmação do óbito do caçula de três irmãos, a doméstica não acreditou. Correu para o necrotério, onde, desta vez, encontrou o filho. "Ele estava na maca, com os olhos abertos, cheios de sangue, o corpo ainda quente. Essa dor que carrego no peito não vai me deixar", diz, em prantos.

 

Filho arrependido

Em um local da cidade distante dali, outra mulher chora. A faxineira M., de 33 anos, que trabalha em dois empregos para manter a família, é mãe do adolescente A., de 16, que assassinou Jeferson. Escondida, com medo de retaliação contra os dois filhos pequenos, ela relutou em dar entrevista. Meia hora depois, aceitou falar sobre a dor que também a afetou. Antes de começar a conversa, o atual companheiro, o pedreiro L., saiu em defesa dela. "Ela só é mãe. Não apertou o gatilho." M. concordou com um aceno de cabeça, embora afirme que preferia ter morrido no lugar do garoto do qual seu filho roubou a vida. "Só Deus sabe o que estamos passando. Meu filho está muito arrependido, porque ele e Jefferson estudaram juntos. Mas, antes de atirar, ele apanhou muito dos meninos do Monte Castelo. Teve o nariz e o rosto cortados por garrafada e um dente arrancado, tudo constatado em exame de corpo de delito. Antes ele tivesse voltado para casa todo machucado, mas fosse apenas a vítima e não o autor. Não criei meu filho para fazer o que ele fez. Nunca deixei meus meninos jogados. Fiz até o que não podia por eles", revela, dizendo que A. e o outro filho mais velho foram alunos do "Pequeno jardineiro", outro projeto social da Prefeitura.

"Quantas vezes, eu deixei o serviço para participar de reunião no programa social. Mas não adiantou. Nenhum dos dois conseguiu vaga no mercado de trabalho. Não aguentava mais ver meus filhos parados na praça. Pedi ajuda ao Juizado de Menores, mas não consegui. Ia a pé para o trabalho para pagar curso de computador para eles. Tudo em vão." Além de A., o filho mais velho da faxineira está acautelado no Centro Socioeducativo por tentativa de homicídio. Os dois cresceram longe do pai, que foi preso quando eles eram pequenos. "Sempre os imaginei no quartel. Agora isso acabou. Ao matar o Jefferson, meu filho destruiu a própria vida. Peço perdão à mãe dele, mas também estou sofrendo muito. A gente quer o melhor para um filho. Todo dia, penso: meu Deus, onde foi que eu errei?"

Políticas públicas não dialogam com as vítimas

As atuais políticas públicas de prevenção não dialogam com as principais vítimas de homicídio do país. Essa é a conclusão que a coordenadora da vertente Direitos Humanos do Observatório das Favelas, Raquel Willadino, do Rio de Janeiro, chegou, ao aferir o resultado da pesquisa realizada pela entidade em 11 regiões metropolitanas entre 2009 e 2010. Os números apontam que a chance de um jovem do sexo masculino ser morto é 14 vezes maior do que uma menina; de um negro, é três vezes superior a de um branco, sendo que o risco de um adolescente ser vítima de arma de fogo é seis vezes superior ao de outros meios.

"Isso mostra que, apesar de o perfil das vítimas ser claramente identificado - jovem, negro, do sexo masculino, morador da periferia, em geral, com baixo índice de escolaridade -, o foco das políticas não prioriza nem as dimensões de gênero, nem de raça. Dos 160 programas de prevenção que mapeamos, 16% tinham algum critério relacionado a gênero para a definição do público-alvo, e só 8% tinham critérios relacionados à raça. Hoje há um quadro de verdadeiro genocídio dessa população. Por que a juventude negra está morrendo nos últimos 30 anos no país, sem que isso produza um nível de mobilização consistente na sociedade? O silêncio diante dessa escalada da violência letal que afeta a juventude negra fala da falta de valor que está sendo atribuída à vida desses meninos."

A hierarquização da vida é outra questão citada por Raquel. Tratam-se das vidas que valem menos do que outras, no caso dessas vítimas que, além de negras, são pobres. Talvez por isso essas mortes continuem sendo vistas com indiferença.

 

Desconectados da escola

A professora Irene Rizzini, diretora do Centro Internacional de Estudos e Pesquisas sobre a Infância da PUC-Rio, acrescenta mais um dado: quase 100% dos meninos afetados pela violência que passaram pelo sistema socioeducativo, sendo autores ou vítimas, estão desconectados da escola ou muito atrasados em sua escolaridade; têm imensas fragilidades no contexto familiar e trajetórias marcadas pela desigualdade desde os primeiros anos de vida. "Quando a família não dá conta, a escola não dá conta, e a sociedade está dizendo que não dá conta, temos que parar e rever o que está acontecendo. É preciso olhar a trajetória desses meninos desde o início da vida, para fortalecer o sentido de pertencimento da criança no seu contexto familiar e comunitário, oferecendo formas de apoio aos adultos que estão no entorno dessa criança. Para isso, é preciso ir além dos projetos que não têm continuidade e partir para um conjunto de políticas públicas intersetoriais que dialoguem entre si. Temos grandes desafios, mas já existem soluções apontadas no país. Precisamos buscá-las."

A deputada federal Érica Kokay (PT), da Frente de Defesa Parlamentar da Criança e do Adolescente, é enfática: "É preciso haver prioridade orçamentária e qualidade nas políticas públicas, porque não dá mais para suportar políticas pobres para os pobres, feitas para que eles não se esqueçam de sua pobreza e permaneçam nesta condição."

 

Sobrevivente de espancamento 'vegeta' em hospital

A cozinheira R., 41, vive um pesadelo há 90 dias, desde que o filho de 16 anos foi 'enterrado vivo'. O adolescente da Zona Sudeste, segunda da cidade em relação ao número de jovens mortos, foi brutalmente espancado no início de setembro na saída de um baile funk realizado no Centro. Seis jovens o atacaram, tornando impossível qualquer defesa. Mesmo no chão, eles continuaram chutando a cabeça do adolescente, de acordo com depoimento de testemunhas. Os autores tinham tanta certeza que ele estava morto, que P. foi encontrado nu e com papelão cobrindo seu corpo. Mas não se tratava de um cadáver, pois o garoto sobreviveu. No entanto, há 62 dias, ele vegeta numa cama de hospital.

Não fala e nem consegue se mexer do pescoço para baixo, alimentando-se por sonda. Passados mais de 50 dias em coma, ele foi levado para o quarto da unidade hospitalar. Já respira sem a ajuda de aparelhos, mas é 100% dependente de cuidados. Os golpes provocaram lesões profundas na região da cabeça, e nem os médicos sabem dizer se há alguma chance de o skatista voltar a andar. "Ele saiu para essa festa e não voltou. Só está vivo por milagre de Deus, mas, desde então, eu vegeto junto com ele", contou R.

Ela disse, ainda, que o filho abandonou a escola na oitava série e, na tentativa de mantê-lo longe da rua, comprou um computador pago com empréstimo feito numa cooperativa. "Apesar de eu ser pobre, eu dei o computador. Depois, ele queria o Playstation 1, eu dei. Acabei de pagar, ele quis o 2, comprei com o dinheiro das minhas férias. Lá dentro, no quarto, ele tem televisão, tem som novo. Dizia que não ficava em casa, porque não tinha internet. Mandei colocar. Quando ele parou de usar o skate, abandonou o trabalho, a escola, ajoelhei nos pés dele e chorei: meu filho, para com isso, não vai para rua, a gente só tem dois amigos: a mãe e Deus. Mas ele não me ouvia."

R. se separou do pai de P. quando o menino tinha 1 ano de idade. O sonho do garoto era conhecer o pai. Por ironia do destino, desde que o agricultor L. soube da violência, viajou para Juiz de Fora, mantendo-se ao lado do leito do filho por todos esses dias. "Talvez, se eu estivesse aqui, nada disso teria acontecido. Me arrependo muito", chora. Para a cozinheira, a cidade precisa acordar. "É muita crueldade o que fizeram com ele. Todos os finais de semana acontece a mesma coisa com o filho de outras mães e ninguém faz nada, porque é pobre matando pobre. Isso precisa mudar."

 

Órfão da violência

Quando a notícia da gravidez precoce de I. foi confirmada, H., 19 anos, saiu para comemorar. A namorada de 15 anos teria um filho seu e, mesmo que isso implicasse em gastos e responsabilidade, ele daria um jeito. No começo, a mãe da menina não queria o relacionamento. Além de quatro anos mais velho do que a única filha, o rapaz estava envolvido com o tráfico de drogas na Zona Norte. Ela bem que tentou impedir que eles continuassem se vendo, mas a adolescente e o rapaz fugiram para São Paulo, de onde ela voltou grávida. Com um neto a caminho, a avó de 33 anos resolveu aceitar o namoro com medo de perder a filha.

De volta a Juiz de Fora, o pai do bebê visitava I. todos os dias. Quando o sexo do neném foi descoberto, um menino, ele ficou ainda mais ligado à adolescente. Mas a promessa de formação de uma família e da saída do mundo paralelo do crime nunca se concretizou. Aos 20 anos, H. foi morto com cinco tiros numa emboscada no Bairro São Judas Tadeu. Entrou na área considerada 'território do inimigo' para comprar uma moto, quando foi surpreendido. A namorada do rapaz conta que o autor dos disparos também é jovem e já teria apanhado da gangue do bairro onde ela mora, embora H. não tivesse participado da briga.

Minutos antes de ser assassinado, H. havia pedido à sogra para bordar uma toalha com o nome do neném que ainda não havia nascido. "Foi um choque. No começo, eu pensava: como vou criar meu filho sem o pai dele? Enquanto ele estiver pequeno, vou dizer que o papai está no céu. Mas, quando ele crescer, vou ter que contar a verdade, porque, se ele souber na rua, pode ser muito pior. Quero sair daqui, pois tenho medo que queira vingar o pai. Vou criá-lo ensinando o lado bom, porque não quero que aconteça com ele o mesmo que ocorreu com o pai."